Berloques de viagem: 4 lembranças eternizadas em prata

Berloques de viagem em prata

Corta para o verão de 2014. Foi quando minha paixão por berloques de viagem começou.

Minha prima, minha irmã e eu decidimos que era hora de nos aventurarmos em uma viagem juntas. Sabe aquela história de trinta coisas para fazer antes dos 30? Então, ela começou a pesar. Eu queria conhecer trinta países antes de fazer trinta anos, queria voar de balão, tirar fotos com um cavalo-marinho, colocar os meus pés no Oceano Pacífico. Tanta coisa! De repente, a gente sentiu que a vida estava passando muito rápido… Era hora de mergulhar mais fundo.

E desde então eu tenho colecionado berloques de viagem em prata.  O que uma coisa tem a ver com a outra? Senta que lá vem história!

Berloques de viagem e um roteiro inesquecível pela Europa

Todo o roteiro de quase trinta dias foi combinado via Skype com cerca de três meses de antecedência. Começaríamos a viagem por  Barcelona, depois Palma de Mallorca, em seguida voaríamos para Bologna e de lá conheceríamos Florença e Roma. De Roma, viajaríamos para Tessalonica, seguida por Atenas e Míconos. Depois, o destino era a Turquia, onde voaríamos de balão na Capadócia, visitaríamos a mesquita azul em Istambul e nadaríamos nas montanhas de algodão em Pammukkale. Penúltima parada: Paris. E depois de uma dose de cultura (o plano era desvendar o Louvre!), era hora de fechar a viagem com chave de ouro nas festas de Ibiza. Roteiro perfeito, né? E, olha, ele não é nada comparado às histórias inesquecíveis que rendeu. Os berloques que eu carrego na minha pulseira contam cada uma dessas histórias!

Comemorar o aniversário de 26 anos na Catalunha

Berloque de Viagem em Prata -Bandeira da CatalunhaFoi em Barcelona que eu comemorei meu aniversário de 26 anos. E foi em Palma de Mallorca também. Em Barcelona dançamos a noite inteira com indianos e tomamos tequila em uma balada à beira-mar chamada Opium. Lá pelas quatro da manhã, seguimos pouco sóbrias rumo ao aeroporto. Dormimos na frente do gate e quase perdemos o vôo! A festa continuou em Palma de Mallorca, onde caímos sem querer em uma balada cheia de alemães. Foi quando eu prometi a mim mesma que sempre conheceria uma nova cidade no meu aniversário – esse ano foi Liubliana, na Eslovênia. Comemorei um pouco atrasada, mas comemorei!

O berloque escolhido? A bandeira da Catalunha, claro! O preço? R$ 89,90.

Na Itália, a paixão me pegou!

Berloque de viagem em prata - Coliseu na Itália Assim que o avião aterrissou em Bologna eu me encantei pela cidade. Tão  diferente de tudo o que eu já havia visto… Tão única! Ali conhecemos um rapaz italiano chamado Cosmo, estudante da Universidade de Bologna, que nos mostrou um pouco sobre a cidade e nos contou sobre a Universidade – a mais antiga do Ocidente. Fiquei tão encantada pela Universidade de Bologna (em particular, pelo prédio da biblioteca) que jurei que estudaria ali um dia. Quatro anos depois, cá estou eu fazendo o mestrado que tanto queria. :)

Já em Florença, foi o por-do-sol que me encantou. Depois de assistirmos o que talvez foi o por-do-sol mais bonito que eu já vi na vida com direito a música, vinhos e queijos, seguimos para uma festa com vista para o skyline de Florença. Lá, me encantei por um francês. Pronto, já tínhamos um convite para conhecer a Cidade Luz de um jeito que só as comédias românticas mais água com açúcar poderiam inventar.

Foi em Roma, entre vespas e uma proibição de entrar no Vaticano com short curto, que comprei a minha pulseira de prata e comecei oficialmente a acumular boas histórias em forma de berloques.

O berloque de viagem do Coliseu é feito em prata e custa R$ 69,90.

Ah, a magia da Capadócia…

Berloque de viagem em prata - Balão na CapadóciaProvavelmente atingir o nirvana é a sensação mais próxima do que é voar de balão pela Capadócia. As paisagens, a luz dourada do amanhecer, os perfumes. Ah, os perfumes! Absolutamente tudo por lá é mágico. Se um dia você tiver a chance de voar de balão na Capadócia, voe. A experiência é realmente muito especial.

 

 

O berloque de viagem de balão em prata é cravejado com zircônias e custa R$ 139,90. Lindo, lindo!

 

Paris, a cidade mais romântica do mundo?

Berloque de viagem em prata - Torre Eiffel em Paris

Ah, Paris! Eu tinha grandes expectativas sobre a Cidade Luz.

O que eu posso dizer é que definitivamente Paris não é minha cidade no mundo. Quer dizer, a nossa estada em Paris foi mágica, sim. Conhecemos rooftops escondidos com vista para Notre Dame, passeamos pela cidade à noite sob as luzes da torre Eiffel… Não conheci Paris como uma turista – não dessa vez. Mas aprendi que Paris sabe ser a cidade mais romântica do mundo – essa fama não é à toa. A paixão que começou em Florença, no entanto, acabou em Orly. Então eu e minha prima afogamos nossas mágoas (que mágoas?) em Ibiza. O que sobrou dessa história? Um berloque em forma de torre, claro!

O berloque de viagem mais romântico (ou nem tanto, vamos combinar) da minha pulseira: a Torre Eiffel! Em prata, ela custa R$ 59,90.

Berloques de viagem: um novo jeito de carregar memórias

Eu costumo dizer que os meus netos terão minha pulseira como herança. Desde essa viagem, minha vida mudou drasticamente. Não posso carregar muita coisa na mala, então eu lido com a arte do desapego todos os dias. Compro menos coisas, consumo infinitamente mais experiências. Tenho uma vida mais focada em experimentar e não acumular objetos.

É na minha pulseira que eu guardo meus melhores momentos. Cada berloque possui uma – ou várias! – histórias especiais para contar. O que eu quero da vida? Só que ela seja cheia de momentos como esses.

E como a vida e a lista de desejos não param já tenho planos de acrescentar mais berloques de viagem à coleção: passagem de avião, passaporte (em homenagem à cidadania italiana!) e globo terreste. Enfim, é o presente perfeito para quem ama viajar!

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Boas notícias! Esse post foi criado em parceria com a loja  Amo Berloque.
Isso significa que leitorxs do blog ganham um desconto de 10% com o voucher HELLO_DAMAS
Quer mais? O preço dos berloques de viagem começam em R$ 4,90 (bijuteria) e R$ 19,90 (em prata).
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viajar sozinha pela primeira vez – dramas e conselhos de amiga

Campanha da Pull & Bear.

Hora de fazer uma pequena pausa na viagem, tirar as coisas da mochila e colocar tudo na balança. Viajar sozinha é uma experiência e tanto! E a primeira vez é definitivamente inesquecível. Aqui eu conto tudo o que eu aprendi durante três meses viajando sozinha sem roteiro definido e de coração aberto.

Viajar sozinha: respire fundo e engula o choro

Há momentos em que tudo dá errado. Eles mais parecem uma conspiração do universo te dizendo: “volte para sua zona de conforto”.

Dica: ignore esses sinais. O universo não é sobre você – e viajar sozinha é a melhor forma de destruir essa visão narcisista que a gente tem do mundo.

Um exemplo:

Certo dia, quando estava prestes a encontrar meu namorado em outra cidade e já cansada de ficar sozinha, cheguei duas horas mais cedo na estação de trem para não perder a viagem. Quando o trem finalmente se aproximou, me apressei para entrar no vagão. Surpresa! Em câmera lenta, a passagem escapou de minhas mãos e caiu graciosamente no trilho. Durante cinco segundos fiquei em silêncio olhando o papel debaixo do trem. Piada de mau gosto. Logo, veio o primeiro impulso: chorar…

Mas, ali, o choro seria inútil e ridículo. Aliás, quando não é? Engoli as lágrimas. Depois, corri para pedir a ajuda de um segurança, que não pôde fazer nada. Na segunda tentativa de resolver o problema, me dirigi a uma máquina para comprar outra passagem. A fila estava enorme e, quando chegou minha vez para a compra do bilhete, faltavam apenas dois minutos para a saída do trem. “Eu vou conseguir”, repetia mentalmente porque fé nunca é demais. Só que meu cartão de crédito não foi aceito e ainda travou a máquina. Perdi a viagem, tive que pegar outra fila ainda maior na terceira tentativa e esperei mais duas horas na estação até o próximo trem…

E, quer saber? Tudo bem. Mais cedo ou mais tarde eu cheguei onde queria.

Compartilhar é preciso!

Ter uma companhia faz falta principalmente na hora de comer. Quer dizer, jantar pasta e um bom vinho na Itália pagando pouco é ótimo. Mas é só quando você está sozinha que percebe o quanto uma boa conversa é essencial para uma refeição prazerosa de verdade…

Quando ainda estava na Espanha, e já não aguentava mais comer bocadillos, decidi me aventurar em uma pizza. Entrei na pizzaria e, enquanto escolhia o sabor, a atendente do restaurante disse:

– Só fazemos pizza para duas pessoas.
– Então quero uma pizza para dois, afirmei com a maior segurança do mundo – que por acaso eu não tinha.

Não, não consegui comer a pizza inteira. Mas pedi para embalar para viagem e dei para um vendedor de leques. No final das contas, foi como se tivesse almoçado com um desconhecido! Da próxima vez, certamente convidarei alguém para não só compartilhar a comida, mas também boas conversas. E que venham pizzas para três, quatro ou cinco pessoas!

Lugares incríveis, boas histórias para contar

Fiquei encantada por Praga. Ela é o tipo de cidade em que é uma delícia andar a pé com pouca pressa e bastante tempo. As construções são lindas e, para melhorar, era primavera. Tudo parecia perfeito… Parecia. Depois de certo momento da viagem, cidades bonitas começam a fazer sentido só como cenários. Faltam histórias – ou pessoas, como preferir. Sem isso, tudo fica vazio e falta sentido.

Por isso, foi em Praga que decidi me abrir para conhecer gente nova. Naquele dia, enquanto pensava no vazio das cidades bonitas, fiz minha primeira amizade na viagem. Caminhando pela cidade, minha nova amiga me explicou porque Praga era cheia de vietnamitas como ela. Aí, a capital da República Tcheca além de incrivelmente bonita se encheu de sentido!

O que eu quero de verdade?

Uma das belezas de viajar sozinha é se identificar com gente que, pelo menos na teoria, é bem diferente de você. Introvertida que sou, muito me identifiquei com as asiáticas.

Enquanto passeava com uma nova amiga da Coréia do Sul, ela me contou sobre os sonhos que tinha. Primeiro, me perguntou se eu lembrava do acidente de ferry que matou centenas de crianças em seu país. Depois, confessou que estuda engenharia porque seu grande sonho é tornar a Coréia um lugar mais seguro. Também disse que muitos de seus amigos julgavam seu sonho algo pequeno, ambição barata.

O que posso dizer é que, de alguma maneira, ela já faz diferença na vida das pessoas que encontra no caminho. Sorte a minha! A conversa desde então ecoa na minha cabeça e eu me pergunto: o que posso fazer para tornar a vida das pessoas melhor?

Viajar sozinha na Itália e na República Tcheca

A tal da zona de des_conforto

O que fazer quando você tem que dormir em uma cabana no meio do mato sozinha? Primeiro, olhar debaixo da cama para ver se tem cobra. Depois dormir, oras.

Acredite: é um luxo estar onde você quer estar. Um privilégio fazer o que você quer fazer. Mesmo que tudo isso signifique estar em uma cabana. Sem wi-fi. E comendo sopa de pacotinho.

Com isso na cabeça, entendi que sempre achei desculpas para não fazer o que eu queria. Assim como o mundo não é sobre mim, ele também não deve ser responsabilizado pelas minhas frustrações. A verdade é que eu queria estar em uma cabana no meio do nada, sim, apesar de morrer de medo de cobras.

Longe de casa, calei meus medos e assumi o controle de tudo. Afinal de contas, se não agora, quando?

#1 diário de bordo de uma road trip

Há um tempo ensaiava retornar a escrever por aqui… Mas procrastinação é uma coisa. Um misto de falta de vontade e coragem me impedia de fazer (olha que ironia!) o que eu adoro. Faltava paixão (e quem há de viver sem?). Seguindo a filosofia de Vinicius – “porque a vida só se dá para quem se deu…” – resolvi deixar o que tinha “de certo”, arrumei as malas e saí com minha família para uma road trip pela América do Sul. Sou do tipo que acredita que um pouco de brisa no rosto e asfalto nos pés são capazes de resolver o pior dos problemas. E isso envolve gente, árvore, vento… Muita coisa, sabe?

O roteiro escolhido para a road trip de 21 dias (e mais de 11.000km percorridos) incluiu Machu Picchu, no Peru; Copacabana (Lago Titicaca!) e o salar de Uyuni, na Bolívia, e San Pedro de Atacama, no Chile. Com apenas os lugares que gostaríamos de conhecer e mais nada planejado, pegamos estrada no dia 1º de julho. Durante a viagem, descobrimos que esse é um roteiro bastante famoso entre mochileiros do mundo todo. Os meios de transporte então variavam demais: motorhome, veículos de passeio, bicicleta (sim!), motos, jipes (♥) e, lógico, ônibus.

Em quatro dias, subimos de São Paulo até o Acre, passando por Minas Gerais, Mato Grosso e Rondônia. Aliás, Rio Branco definitivamente vale a visita! A capital do Acre é uma cidade bonita e organizada, onde, naquele momento, ocorria um grande arraial em homenagem a Gonzagão. Festa linda; sorte de viajante! A realidade da paisagem no norte do nosso país, no entanto, é bastante triste. Na divisa do Mato Grosso com Rondônia, a placa grafada “Bem-vindo ao Portal da Amazônia” até parece ser uma propaganda enganosa. Seguindo adiante, tudo o que se vê é pasto e muitos animais silvestres atropelados. E filas de caminhões de madeireiras. Além disso, do Mato Grosso ao Acre, as estradas estão em PÉSSIMO estado – é válido ressaltar. Também não fomos parados pela Polícia Rodoviária brasileira nenhuma vez…

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