Voltei, gente! Estou passando uma temporada no Brasil tentando arrumar minha vida. Nesse meio tempo percebi que a coisa funciona mais ou menos assim: dance enquanto o caos está instalado, porque o relógio não pára. Então, dancemos! O que a Garden Route tem a ver com isso? Bem…
Desde que cheguei ao Brasil fiz algumas viagens legais: uma road trip de São Paulo a Buenos Aires com direito a ano novo em Punta del Este e uma viagem à Floripa com uma passadinha nos cânions que fazem a divisa do RS e Santa Catarina. Para finalizar, carnaval no Rio de Janeiro. Bons tempos na estrada! Mas, hoje vou falar sobre esse pedacinho tão especial do planeta que habitamos… a Garden Route, na África do Sul!
Vocês vão ver que não faltam adjetivos para caracterizar o país. A natureza sul africana é mágica, exuberante, única. Não tem como não se apaixonar pela África do Sul!
Garden Route: por que tão especial?
Você pode estar preparado para muitas coisas na sua vida, mas não está preparado para a beleza desse lugar – aposto! A Garden Route (ou Rota Jardim, no idioma de Camões) é uma rota que liga Cape Town (ou Cidade do Cabo) a Port Elizabeth (ou Porto Elizabete). Repleta de campos de golfe e natureza abundante, ela possui a fauna e flora única da África do Sul e só isso já vale um passeio que todo ser humano deveria fazer uma vez na vida.
Já aviso: esse é um post com poucas informações na prática. Isso porque fizemos essa viagem há mais de um ano e eu não anotei no meu diário os preços e nomes de hospedagem. Sorry! Mas tem muita inspiração para quem quer encher o coraçãozinho de amor. [Prometo voltar um dia e reescrever o post direito!]
Tudo começou em Cape Town…
Depois de alugar um carro em Cape Town (lembra?), saímos com destino a Port Elizabeth, onde fizemos safári no Addo Elephant National Park. Essa rota é popularmente conhecida como Garden Route e conta com cenários dignos de filme. E não é exagero. Entre os lugares que eu já fui, a Garden Route é, juntamente com a road trip do Peru ao Atacama, um dos melhores lugares para se fazer viagem de carro.
A viagem é longa: são quase 800 quilômetros. A distância compensa e cada parada guarda seus esportes de aventura, histórias e, claro, paisagens incríveis. Você poderá avistar baleias, fazer canyoning, visitar as focas de caiaque, nadar com tubarões brancos e até pular do maior bungee jump em uma ponte do mundo!
Para entrar no clima da viagem-delicinha, uma boa pedida é investir em um caprichado brunch em um dos belos wine estates na região de Stellenbosch. Uma amiga nos levou para conhecer o Vrede en Lust Wine Estate e tivemos uma ótima manhã por lá! E o que falar da paisagem? É até redundante dizer mas… Sim, era de tirar o fôlego!
Ah, Cape Town das belas paisagens. Deixou saudades.
Próxima parada: Betty’s Bay & Hermanus
A primeira parada foi em Betty’s Bay. Em Stony Poiny há outra colônia de pinguins. Mas, sinceramente, não chega aos pés da colônia de Boulders Beach, com suas águas azuis e onde é possível até nadar com os animais.
Depois, seguimos rumo a Hermanus, onde é possível fazer o avistamento de baleias. Mas, não avistamos baleia nenhuma. Viajamos em novembro e as baleias fracas-austrais podem ser avistadas entre julho e dezembro. Enfim, não tivemos sorte. Mas o centrinho da cidade é uma graça e vale uma parada para saborear frutos do mar em um dos vários restaurantes do lugar.
É a vez de Oudtshoorn!
Saímos do litoral e seguimos até Oudtshoorn, no interior. No meio do caminho, paramos no ilustre Ronnies Sex Shop, ponto famoso entre os road trippers que passam pela região. Lá dentro, nada de brinquedinhos eróticos… Apenas muitos homens bebendo cerveja e sutiãs pendurados no teto (?).
O lugar surgiu como uma brincadeira entre amigos. Ronnie pintou em uma placa “Ronnies Shop” para divulgar a venda dos produtos de sua fazenda. Os amigos de Ronnie então pintavam a palavra SEX no mural e só prometiam parar a brincadeira quando Ronnie oferecesse uma cerveja. O Ronnies Sex Shop virou pub e ficou famoso na região. Esquisito, porém divertido!
Finalmente, Oudtshoorn! A cidade ficou mundialmente famosa por causa das fazendas de criação de avestruz. De 1865 a 1870 e 1900 a 1914 ocorreu o boom de exportação de penas e couro de avestruz. A moda passou, o glamour acabou e o lugar ainda guarda construções dessa época de ouro. Visitamos uma dessas fazendas, conhecemos o fofo avestruz anão e o namorado até montou em um desses animais.
As Cango Caves também deram fama a Oudtshoorn. A cerca de 30 quilômetros da cidade estão essas incríveis cavernas, uma das maravilhas naturais sul-africanas.
Wilderness, Knysna e Plettenberg Bay
Passamos rápido por Wilderness, um vilarejo muito gracinha que vale a pena descobrir mais a fundo se você tiver tempo. Chegamos em Knysna que UAU é bonita demais. Essas fotos do alto de um rochedo à beira-mar não me deixam mentir! A cidade abriga uma lagoa e possui um waterfront mega charmoso. Fizemos uma trilha na região, não bem sucedida. Infelizmente, o que encontramos foi desmatamento e animais mortos.
Para os amantes de frutos do mar Knysna é o paraíso. Knysna, essa cidade simpática e arrumada, não é só bonitinha como é também a capital das ostras da África do Sul e o que não faltam são ótimos restaurantes para apreciar a iguaria. Ponto para Knysna!
Mais adiante, Plettenberg Bay abriga muitos santuários naturais: aves, macacos, elefantes, cobras… Não deixe de fazer a trilha por Robberg Nature Reserve. A natureza… Ah, a natureza! Do alto você verá centenas de leões-marinhos repousando nas pedras. As praias também valem o descanso e um pique-nique. São cerca de 11 quilômetros em uma trilha que dura menos de quatro horas e é uma delícia de ser feita.
Enfim, Tsitsikamma National Park!
No caminho de Plettenberg a Tsitsikamma uma ponte te chamará a atenção. Não pela altura impressionante (são 216 metros!), mas porque ali está um dos bungee jumps mais famosos do mundo: o Bloukrans Bungy. Não tive coragem de me aventurar ali… Tenho medo de altura. Mas, quem sabe na próxima? :)
Tsitsikamma é um parque especial. Alojado entre as montanhas e o mar, o parque tem esse nome porque a palavra Tsitsikamma significa “lugar de água abundante” em Khoi. É também o ponto ideal para esportes de aventura. No agitado Storms River é possível fazer tubing (atividade que a pessoa desce um rio ou a neve sobre uma bóia). Se preferir, você pode descer o rio de caiaque. Fãs de aventura ainda podem fazer mountain biking ou desbravar a região de cavalo. As trilhas também são um passeio bem procurado – mas é preciso se planejar, porque são longas. Então, chegue cedo!
Então depois de aproveitar tudo o que o Tsitsikamma pode oferecer (difícil, hein) é hora de seguir viagem. Uma paradinha em Jeffrey’s Bay para curtir as belas praias e então você está quase lá. Finalmente, Port Elizabeth!
Preparado para uma experiência única em um safári?
Veja também outros posts sobre a viagem para a África do Sul:
+Cidade do Cabo para visitar e se encantar!
+ Como é fazer um safári na África do Sul?