Mosaicos de Ravena: a cidade italiana que respira arte bizantina

Mosaicos de Ravenna, na Itália

Localizada na Emilia-Romanha, ali pertinho do Mar Adriático, Ravena é um dos destinos turísticos mais famosos da região. Não por acaso: a cidade foi a última capital do Império Romano do Ocidente, após a queda de Roma no século 5.

Ao sair do trem na estação de Ravena, você provavelmente terá a impressão de que se trata de só uma cidade italiana sem grandes atrativos. Mas, felizmente, as aparências enganam – e a beleza de Ravena mora justamente aí!

As maravilhas de Ravena estão escondidas dentro de construções de tijolinhos. Vistas do lado de fora, os monumentos não prometem muito – é preciso entrar em cada edifício para se surpreender com a riqueza de detalhes e cores. Ali estão tesouros da humanidade que receberam o título Patrimônio Histórico da Unesco.

Tão bonitos quanto bem preservados, os mosaicos de Ravena são uma ótima parada para incluir no roteiro de viagem se você está visitando a Emília-Romanha.

Breve história de Ravena

Renascentismo por aqui? Hoje não!

Ravena foi a capital do Império Romano no século 5 e depois da Itália Bizantina até o século 8. Por isso, é lar de uma coleção única de mosaicos e monumentos cristãos primitivos.

Ao total, são oito edifícios construídos nos séculos 5 e 6. São eles: o Mausoléu de Galla Placidia, o Batistério Neoniano, a Basílica de Sant’Apollinare Nuovo, o Batistério Ariano, a Capela Arquiepiscopal, o Mausoléu de Teodorico, a Igreja de San Vitale e a Basílica de Sant’Apollinare in Classe.

Mosaicos bizantinos de Ravena

Detalhes da Capela Arquiepiscopal

O conjunto de oito monumentos religiosos, decorados com mármores preciosos, estuques e mosaicos, refletem os principais eventos históricos, políticos e religiosos que ocorreram em Ravena, que se tornou a capital do Império Romano Ocidental em 402 DC, e permaneceu proeminente primeiro entre os ostrogóticos (povo germânico que surgiu na região meridional da Escandinávia) e depois como a capital bizantina na Itália durante os séculos 5 e 6.

Gustav Klimt e os mosaicos de Ravena

Dizem que o pintor simbolista Gustav Klimt ficou tão impressionado com os mosaicos de Ravena em sua dupla visita à cidade em 1903 que a cor dourada dos mosaicos influenciou seu período áureo – a chamada “fase dourada”. O resultado disso? Uma das suas mais célebres obras: “O Beijo” [pintura 2]. Outra obra conhecida por representar muito bem a fase dourada de Klimt é “O Retrato de Adele Bloch-Bauer I” [pintura 1].

Convenhamos: não é difícil perceber as similaridades entre as obras do pintor austríaco e os mosaicos bizantinos de Ravena, certo? A abundância de formas geométricas e muito, muito dourado não negam as referências artísticas de Klimt.

Basílica de San Vitale e Mausoléu de Galla Placidia

A exuberante cúpula da Basílica San Vitale

A Basílica de San Vitale é o monumento mais visitado de Ravena. Ela foi encomendada pelo bispo Ecclesio em seu retorno de uma viagem a Constantinopla em 525 e financiada por Giuliano Argentario. A basílica foi construída sobre uma capela do século 5 dedicada a San Vitale, e foi consagrada em 547 pelo bispo Maximiano, que encomendou a decoração interior.

A pequena construção em forma de cruz ao lado da Basílica de San Vitale, na minha opinião, está entre as mais bonitas que visitamos em Ravena. A responsável pela construção do mausoléu foi a própria Galla Placidia (386 – 450 DC), irmã do imperador romano Honório que transferiu a Capital do Império Ocidental de Milão para Ravena em 402 DC.

De acordo com estudiosos, ela mandou construir este pequeno mausoléu com planta em cruz latina por volta de 425-450 como seu próprio local de descanso. O mausoléu, no entanto, nunca foi usado para esse fim: após a morte, a imperatriz foi sepultada em Roma em 450.

Um céu estrelado no Mausoléu de Galla Placidia

Repare na beleza do céu estrelado feito de mosaicos. Os temas simbolizados em mosaico mostram traços da influência da tradição helênico-romana e cristã. Ali, está representada a vitória da vida eterna sobre a morte de diferentes perspectivas.

Batistério Neoniano

De forma octogonal, o Batistério Neoniano é considerado o edifício batismal mais bem conservado do mundo, tanto pela estrutura arquitetônica como pelo seu interior, decorado com mármore e mosaicos. Dos batistérios mais antigos, construídos entre os séculos 4 e 5 em Antioquia, Constantinopla, Éfeso, Trier, Milão, Aquiléia e Roma, apenas sobrevivem as paredes do perímetro ou apenas a planta.

O Batistério Neoniano foi construído em meados do século 5, quando o bispo Neone (450-475) decidiu refazer a cobertura do batistério da catedral, que o bispo Orso havia erguido algumas décadas antes.

Basílica de Sant’Apollinare Nuovo

Localizada bem no coração do centro histórico de Ravena, a Basílica de Sant’Apollinare Nuovo é a definição de riqueza de maneira visual.

Foi construída por Teodorico, rei dos Godos, entre 493 e 526, como uma basílica palatina. Apesar da origem ariana, a decoração em mosaico interno mostra duas fases diferentes na construção: por volta de 561, após a expulsão dos godos da cidade, a igreja foi convertida à ortodoxia católica.

Capela Arquiepiscopal

Entre papagaios e pavões na Capela Arquiepiscopal, em Ravena

Ao sair do jardim do Batistério Ortodoxo, está uma escadaria que leva quem visita a uma experiência única: uma pequena capela escondida dentro do Museu do Arcebispo. Trata-se do único exemplo de uma capela arquiepiscopal cristã primitiva que sobreviveu intacta e a única igreja ortodoxa construída durante o arianismo teodórico.

Os mosaicos da capela, povoados por aves como pavões, papagaios e perdizes, datam da época do Bispo Pedro II (494-519), período em que coexistia em Ravena duas confissões religiosas: a Ariana e a Ortodoxa Católica. Os mosaicos são de uma beleza ímpar.

Batistério dos Arianos

Em formato octagonal, o Batistério dos Arianos possui mosaicos que mostram o batismo de Cristo e ao redor, representações dos apóstolos. O batistério é do fim do século V (governo do Teodorico). Infelizmente, os mosaicos encrustrados na parede se desprenderam com o tempo, e

Mosaicos de Ravena: ingresso único

Para conhecer cinco dos monumentos históricos (Basilica di San Vitale,
Basilica di Sant’Apollinare Nuovo, Museo Arcivescovile, Battistero Neoniano, Mausoleo di Galla Placidia), é possível comprar um bilhete no valor de 10,50 € com validade de uma semana.

Por meio do site de reservas online, ainda é possível reservar o horário da visita sem precisar entrar na fila. Recomendo um dia completo, com manhã e tarde, pelo menos, para conhecer os cinco monumentos. Chegamos em Ravena no começo da tarde e a visita teve que ser apressada, infelizmente. Pecado!

Para o acesso ao Mausoléu de Galla Placidia e ao Batistério Neoniano, é preciso pagar uma integração do bilhete único: suplemento para a gestão do fluxo turístico 2 € (a pré-reserva obrigatória).

Vale visitar também: Túmulo de Dante Alighieri

Arte de rua em Ravena: Dante e Beatrice

O autor de A Divina Comédia, está sepultado em Ravena, onde morreu em 1321. Foi ali que o célebre escritor viveu em exílio seus últimos anos. O túmulo está localizado próximo à Basílica de San Francesco, no centro da cidade.

Como chegar em Ravena

Ravena esta localizada na Emília-Romanha e é o bate-volta perfeito a partir de Rimini ou Bologna para explorar a região – que ainda possui outros destinos interessantes, como San Marino. Pela praticidade, a melhor maneira de chegar em Ravena é por meio de trem.

As passagens de trem podem ser compradas no site do Trenitalia ou diretamente na estação. De Bologna a Ravena, a viagem dura pelo menos uma hora (7,35 €, a mais barata). De Rimini a Ravena, a viagem de trem costuma durar também cerca de uma hora (mas custa só 4,75 €; com valores de abril de 2021) .

Onde se hospedar em Ravena

Geralmente, quem visita a cidade costuma passar apenas um dia em Ravena, por isso ela é um perfeito bate-volta de outras cidades que funcionam como base para explorar a região, como Rimini e Bologna. Mas se você pretende passar uma ou mais noites em Ravena, a dica é se hospedar bem no centro, pertinho de tudo e de onde é possível visitar todos os pontos turísticos a pé.

Booking.com

Bem recomendado, o Palazzo Galletti Abbiosi está em um antigo e nobre edifício do século 18. Tem ambiente histórico, mas a decoração é minimalista e as instalações são modernas com academia, capela e tetos com pinturas do século XIX.

Já o Palazzo Bezzi Hotel é um hotel 4 estrelas com um belo terraço com vista para a cidade. O spa do hotel tem banho turco, sauna e chuveiro sensorial.

Uma opção mais em conta é o B&B Villa Noctis, localizado a apenas 400 metros de San Vitale. O B&B oferece o tradicional café da manhã italiano com doces, bebidas quentes, bolos caseiros e produtos orgânicos – quitutes sem glúten também disponíveis.

A 5 minutos a pé do Museu Galla Placidia, da Basílica de San Vitale e da Piazza del Popolo está a Villa Santa Maria Foris, com decoração retrô e elegante, além de um pátio com um belo jardim.

Bate-voltas a partir de Ravena

Rimini: Famoso balneário da Riviera Romagnola nos anos 70 e 80, Rimini é muito mais do que praia. A cidade também guarda tesouros do período romano, como o Arco D’Augusto e ponte Tibério.

San Marino: O pequeno país localizado bem no coração na Itália está a poucas horas de Ravena e ao lado de Rimini. Vale a pena conhecer o belo castelo sobre o Monte Titano.

Na Itália, há arte por toda a parte! Mas, às vezes, ela aparece onde a gente imagina. Veja onde encontrar arte ao ar livre em Milão – um passeio perfeito para os dias de verão!

Outros posts sobre a Itália


A bela Cefalù, na Sicília: o lugar perfeito para explorar vielas medievais e se esbaldar em cannoli

O que fazer em Cefalù - vista do porto antigo

Um amontoado de casinhas de tons pastel em frente a um porto antigo são o cartão postal da pequena Cefalù, no norte da Sicília, a apenas 70km de Palermo, capital da ilha. Para apreciar a beleza de Cefalù, você deve se afastar um pouco: ir até o calçadão beira-mar da cidade nova. De lá, será possível admirar o contraste do mar de águas verde esmeralda com as casinhas em 100 tons de alaranjados e amarelados.

Uma enorme rocha que cresce a 270 metros logo atrás da vila completa o cenário. Cefalù é considerada uma das vilas mais bonitas da Itália e, por essa descrição, você já pode imaginar o porquê!

Mas, ainda bem, Cefalù não se resume a uma bela foto! Há muito o que explorar nas vielas cheias de história dessa pequena charmosa cidade siciliana de apenas 15 mil habitantes. E, por isso mesmo, Cefalù foi nossa primeira parada em nossa viagem de carro pela Sicília. Passamos uma noite nessa bela cidade e, por isso, esse post é ideal para quem procura um roteiro de um dia em Cefalú.

Outro detalhe importante: viajamos em outubro (ou seja, fora de temporada) e, por causa da pandemia, as cidades sicilianas então lotadas de turistas estavam vazias.

Antes, um desabafo: estacionar em Cefalù pode ser um drama!

Saímos do aeroporto de Palermo em nosso carro alugado com destino a Cefalù e logo enfrentamos a primeira dificuldade: estacionamento. Apesar de possuir estacionamento público nas ruas, as maquininhas não funcionavam – mas ainda assim, os policiais passavam controlando os carros sem ticket. Irônico, né? Foi uma odisseia até encontrar uma vaga de estacionamento E uma máquina que funcionasse nas proximidades. Por isso, preferimos um hotel mais longe do centro, mas com estacionamento e exploramos a cidade a pé.

Uma das passagens para o mar em Cefalù

Por que Cefalù?

Cefalù era conhecida como Kephaloidion e Coephaledium para gregos e romanos, que significa “cabeça” ou “topo, extremidade”. Para os árabes, era Gafludi, cidade fortificada de águas abundantes. Pelos pontos turísticos, você irá perceber que muito da história de Cefalù está ligada à água. A rocha que deu nome à cidade era conhecida também pelos fenícios como “Promontório de Hércules”. Não faltam lendas em Cefalù!

Ao longo dos séculos, a cidade foi dominada por gregos, siracusianos, romanos, bizantinos, árabes e normandos. Não é errado dizer que a riqueza de Cefalù mora na variedade cultural.

O que fazer em Cefalù?

Pôr-do-sol e a tempestade que se aproximava

É uma delícia explorar as vielas da cidade antiga de Cefalù tranquilamente. Ela tem todo o charme que você espera de uma cidade siciliana: um centro histórico que data da idade média, um mar de águas cristalinas, boa comida e um ambiente aconchegante. Não é difícil se encantar por Cefalù!

Encantar-se com os mosaicos da Catedral de Cefalù

Mosaicos na Catedral de Cefalu, Patrimônio da Unesco

A Catedral de Cefalù, erguida a partir de 1131, é o mais importante ponto turístico de Cefalù. Segundo uma lenda, a catedral foi construída nesta cidade e não em Palermo, capital do reino, seguindo uma promessa feita ao pelo rei Roger, que escapou de uma tempestade e pousou nas praias da aldeia. Mais prováveis são as motivações de cunho político-militar, dadas as conotações do território e as características inegáveis de fortaleza natural e as proporções fora da escala da Basílica, tudo ampliado pelas antigas muralhas megalíticas da cidade cujas evidências permanecem ao longo das falésias da Giudecca (Postierla) e na antiga Porta Terra (hoje Piazza Garibaldi).

A Catedral de Cefalù faz parte de um grupo de 9 construções do Reino Normando da Sicília (1130-1194) que estão listadas como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Juntas, essas construções são um exemplo de sincretismo sócio-cultural entre as culturas ocidental, islâmica e bizantina na ilha, que deu origem a novos conceitos de espaço, estrutura e decoração. Eles também testemunham a convivência de pessoas de diferentes origens e religiões (muçulmanos, bizantinos, latinos, judeus, lombardos e franceses). Uma maravilha, sim!

Templo de Diana e o culto à água

O Templo de Diana é um monumento megalítico do século IV aC., localizado em uma planície no lado oeste de ‘Rocca’. O templo tinha originalmente uma função sagrada ligada ao culto local da água.

Nas proximidades do templo, existem várias ruínas de muralhas defensivas erguidas ao longo dos séculos, bem como ruínas de pequenas capelas, quartéis, fornalhas e armazéns.

Lavatoio Medievale e histórias de ninfas

Uma viagem no tempo no Lavatoio Medievale

É o meu ponto turístico de Cefalù favorito! Depois de descer uma escada feita de pedras de lava, você encontrará um espaço semicoberto que abriga uma série de antigas bacias, alimentadas pelo rio Cefalino que flui de vinte e duas bocas em forma de leão de ferro.

Do lado direito da entrada, uma inscrição te transporta para uma antiga lenda: “Aqui corre Cefalino, mais saudável que qualquer outro rio, mais puro que a prata, mais frio que a neve”. Conta a lenda que o rio Cefalino nasceu das lágrimas incessantes de uma ninfa que lamentava ter castigado com a morte o amado que a traiu. Ah, as lendas sicilianas de traição!

A beleza da Porta Marinha

Pôr-do-sol na Porta Marinha

A Porta Marinha é um arco gótico e o único portão da cidade remanescente dos quatro que antes davam acesso à cidade. Ele dá acesso do centro ao porto antigo.

Rocca di Cefalù e mais uma história de amor traído

É impossível passar pela Rocca sem notar a sua opulência. Um mito grego fala do amor e do desespero do pastor Daphnis, o Orfeu da Sicília. Ele foi cegado pela deusa Hera, cuja filha ele havia traído, e foi então transformado pelo deus Hermes no enorme penhasco que domina Cefalù e que deu o nome ao lugar. Os antigos habitantes da Grécia viam a enorme rocha como uma cabeça gigantesca, e “cabeça” é de fato o significado do nome da cidade.

Cefalù: o Duomo e a Rocca

No topo de La Rocca estão as ruínas do Castelo de Cefalù. A estrutura data dos séculos 13 a 14 e, provavelmente, tem uma das vistas mais bonitas da região. Digo provavelmente porque, infelizmente, quando visitamos Cefalù (Outubro de 2020), o acesso à Rocca estava fechado para obras.

Muros megalíticos

As paredes megalíticas são uma muralha construída com a técnica de pedra seca em enormes blocos de um metro de espessura. As muralhas, ainda hoje muito bem preservadas, principalmente no lado norte, abrangiam toda a cidade e davam a aparência de uma fortaleza invencível.

Até os anos 600, ao longo das paredes, abriam-se quatro portas: duas ao sul, “Land Door” na Piazza Garibaldi, e “Osuna Door” na Praça Colombo, a oeste “a porta da Marinha ou açude” e para a leste “porta Giudecca”.

Assistir o pôr-do-sol no porto antigo

O pôr-do-sol no porto é a maneira certa ) de finalizar um dia em Cefalù. A vista da cidade e da Rocca é absolutamente de tirar o fôlego! Se preferir um fim de tarde regado a vinho, minha dica é a Enoteca Le Petit Tonneau.

Museu Mandralisca: moedas e conchas

O museu foi fundado por Enrico Piraino, o Barão de Mandralisca, no século 19 e inclui coleções arqueológicas de conchas e moedas. Também abriga uma galeria de arte e uma biblioteca com mais de 9 mil obras históricas e científicas, incluindo incunábulos, livros do século 16 e cartas náuticas.

Um descanso nas praias de Cefalù

Se ainda sobrar um tempo, é hora de aproveitar o mar de águas calmas e limpinhas das praias de Cefalù! Ali nas aforas do centro histórico, há uma grande variedade de barracas que oferecem cadeiras e guarda-sol.

Onde comer em Cefalù?

Pasticceria siciliana: espresso e cannolo di pistacchio. Servidos?

Estamos na Sicília e o que não faltam são boas opções – que vão do street food à pasticceria siciliana. De dia, nos aventuramos nos arancini da Fritto&Divino – uma experiência OK.

Pausa para o café da tarde : ali na praça da Catedral de Cefalù há uma pasticceria com uma ótima variedade de doces e café muito bom, apesar do atendimento deixar a desejar: o Bar Duomo.

Por fim, nosso jantar (ou melhor, aperitivo!) foi regado a vinho! Fomos até a Enoteca Le Petit Tonneau para experimentar os famosos vinhos sicilianos. O lugar ainda tinha disputadas mesinhas no terraço com vista para o mar (nesse caso, só fazendo reserva para consegui-las). O ambiente e os aperitivos eram uma delícia, a dona do lugar muito atenciosa.

Onde dormir em Cefalù

B&B Bourgainville em Cefalù: eles tinham até uma capelinha. Quer coisa mais siciliana?

Com a dificuldade em encontrar vagas para estacionar o carro, nos hospedamos em um lugar fora do centro: o B&B Bourgainville. O B&B está localizado em um prédio histórico do século 19 reformado e tinha um café da manhã muito gostoso! Melhor: com estacionamento. De lá, íamos a pé para o centro da cidade.

Viagem de carro na Sicília: qual a próxima parada?

Saímos de Cefalù e seguimos para a ilha de Stromboli. Lá, tivemos uma das experiências mais incríveis da viagem – ou, talvez, da vida: dormimos em um vulcão ativo e vimos de perto as famosas explosões de um dos vulcões mais ativos do mundo. Veja também nosso roteiro de viagem na Sicília.

Mais informações úteis

Língua: Italiano
Moeda: Euro
Clima/Quando Visitar: De junho a outubro. Evite altíssima temporada (final de julho e começo de agosto), quando a cidade está lotadíssima. Nós visitamos em outubro e a temperatura era agradável (nada que um casaquinho não resolvesse!).
Visto para brasileiros: Dispensa visto por até 90 dias.

24 horas em Xangai: o que ver, fazer e provar na futurista cidade chinesa

O que fazer em Xangai - cidade aquática Zhujiajiao 8

Uma das belezas de viajar é se aventurar fora da nossa zona de conforto. Acredite, aterrissar em Xangai é como sair da bolha e ser transferido diretamente para o futuro!  Não sabe o que fazer em Xangai? Esse post vai te ajudar nessa tarefa.

Mais moderna do que qualquer cidade europeia, Xangai ainda guarda cantinhos intocados e que respiram a tradição milenar chinesa. Essa combinação de tradicional e futuro é, definitivamente, uma das maravilhas de Xangai.  Um dia na cidade não é suficiente, mas se tudo der certo você sairá de lá apaixonada e já querendo voltar!

O que fazer em Xangai em um dia

Xangai foi nosso stopover na viagem com destino à Tailândia e Laos. Passaríamos o dia na cidade, mas é bom ressaltar que a imigração pode ser (e foi!) um pouco demorada.

Chegamos de manhã em Xangai e o nosso voo para Bangkok (ei, mais sobre os melhores lugares para comer em Bangkok aqui) só sairia de madrugada. Ou seja: tínhamos a um dia inteiro para explorar o melhor que a cidade poderia oferecer. Nosso roteiro foi apertado e cansativo, mas valeu a pena!

Maglev, o trem-bala magnético: 430km/hora

Na lista de o que fazer em Xangai, a experiência começa no trem saindo do aeroporto rumo ao centro. O Maglev é um trem que liga Longyang Road em Pudong até o Aeroporto Internacional de Pudong.

O que fazer em Xangai - trem bala Maglev
Trem Maglev: o trem-bala magnético de Xangai

A diferença entre o Maglev e os trens comuns é bem simples: o Maglev é o único trem de levitação magnética que faz rota comercial no mundo. Ele atinge até 430km/hora e faz um percurso de 30km em apenas sete minutos.

Senti um pouco de náusea ao tentar observar as paisagens pela janela, mas a experiência definitivamente vale a pena.

Preço trem Maglev:
Passagem simples: 50 yuanes.
Ida e volta: 80 yuanes.

Cidades aquáticas: a beleza milenar de Zhujiajiao

Decidimos deixar o centro da badalada Xangai para conhecermos depois (as luzes da cidade à noite são de tirar o fôlego!) e partimos em direção a Zhujiajiao, uma cidade aquática com 1700 anos de história.

O que fazer em Xangai - cidade aquática Zhujiajiao 8
Zhujiajiao: um pedacinho intocado pela modernidade

O lugar é famoso por suas pontes: são 36 diferentes construções feitas de madeira, pedra ou mármore.

O que fazer em Xangai - cidade aquática Zhujiajiao 3 Aquela foto clássica. <3

O que fazer em Xangai - cidade aquática Zhujiajiao
A beleza que é Zhujiajiao

Ali passamos a tarde explorando as ruelinhas da cidade e experimentando os curiosos pratos dos restaurantes locais.

Visite um templo budista

Voltamos de metrô e seguimos antes do entardecer para o centro. Escolhemos visitar o templo Jing’an, um dos mais famosos de Xangai e onde está uma das maiores estátuas do Buda de jade na China, o Buddha Sakyamuni.

O que fazer em Xangai - templo Jing'an Templo Jing’an: impressionantement

Em português, o nome significa “Templo da Paz e Tranquilidade” e, na realidade, o templo é isso mesmo: localizado na West Nanjing Road e rodeado de prédios espelhados, o templo budista é um oásis no meio da agitação.

Templo Jing’an e a fumaça de incensos

O que fazer em Xangai - templo Jing'An
Um resumo da China.

O templo tem uma história de mais de 780 anos, e já foi realocado, transformado uma fábrica de plásticos durante a Revolução Cultural e destruído por um incêndio em 1972. História não falta por aqui!

Explore a Nanjing Road

Najing Road é o espelho da modernidade da cidade. É a rua dos grandes shoppings e lojas da Xangai. Mas não só,  Najing Road ainda é casa do templo Jing’an, do Museu de Xangai (The Shanghai Museum), Shanghai Art Gallery, People’s Square e Shanghai Urban Planning Exhibition Hall.

O que fazer na China - comer muitos dumplings
Comer dumplings em Xangai? Checked!
O que fazer em Xangai - gastronomia 2
Dumplings, amor em forma de comida.

Ali, aproveitamos para ter um momento de pausa em um restaurante de dumplings (a hora certa de comer é pela manhã, mas…).

Conheça o Yu Garden

Em qualquer lista de o que fazer em Xangai sempre aparecerá o Yu Garden. Um dos mais tradicionais jardins da cidade, o Jardim Yu foi construído durante a Dinastia Ming (1368-1644).

Yu Garden - O que fazer em Xangai Yu Garden: à noite as luzes são lindas!

Yu Garden - O que fazer em Xangai As luzes de Xangai. Como não amar?

O jardim é uma beleza que só e, durante a noite, as luzes deixam o lugar ainda mais bonito. No Yu Garden você encontrará lojinhas de souvenir, stands de comida e construções típicas, como o Sansui Hall, usado para entreter os convidados do imperador.

A vista do rio Huangpu

O que fazer em Xangai - Huangpu
De tirar o fôlego.

Do Yu Garden seguimos para as margens do rio Huangpu, onde a vista mais famosa de Xangai (o maravilhoso skyline!) é fotografada. A beleza das cores dos arranha-céus fechou com chave de ouro o dia na cidade e deixou um gostinho de quero mais.

Melhor: o trem Maglev nos levou de volta para o aeroporto em apenas sete minutos.

Dica:
Tem viagem marcada para Xangai, na China? Encontre aqui uma lista dos melhores hotéis de Xangai. Há opções para todos os gostos e bolsos!

Quer salvar esse post para ler depois? Pine a imagem abaixo no Pinterest!

Bike tour em Liubliana: explorando os highlights da capital da Eslovênia

Centro de Liubliana, na Eslovênia

Liubliana é pequenina e acolhedora. Também é hospitaleira e sabe receber o turista com tanta gentileza que parece colo de mãe. A viagem, que foi uma continuação da visita ao Big Berry, no sul do país, fechou com chave de ouro e só me fez ficar ainda mais apaixonada pela Eslovênia!

Liubliana - Centro Histórico
Centro de Liubliana e suas casinhas em tons pastel

O centrinho de Liubliana é super charmoso com suas casinhas em tons pastel, mas não pára por aí… Tudo fica ainda mais encantador porque ali não circulam carros – apenas pedestres, bicicletas e carrinhos de golfe, em um serviço gratuito oferecido pela prefeitura. A Eslovênia não ganhou fama de Green Slovenia por acaso, né? Por isso, uma das melhores maneiras para explorar a cidade – que é bike friendly – é em um passeio de bicicleta, claro!

Postais de Liubliana
Postais de Liubliana

Liubliana de bike, a melhor opção

Um passeio de bicicleta pelo centro de Liubliana é uma ótima opção para conhecer o que a cidade tem de melhor. E isso é tão verdade que o órgão de turismo da cidade oferece tours guiados pelos principais pontos turísticos de Liubliana. Em apenas um dia é possível conhecer os principais pontos turísticos da cidade e ainda ficar com gostinho de quero mais. Um tour de bike também é uma ótima maneira de aproveitar um belo dia enquanto conhece os principais parques e centros culturais.

Tour de bicicleta e os principais pontos turísticos

O tour de bicicleta em Liubliana tem duração de três horas, é oferecido em inglês ou esloveno e inclui guia profissional, aluguel da bicicleta, capacete e um lanchinho com doces tradicionais eslovenos.

Liubliana_ Dragon Bridge
A famosa Dragon Bridge de Liubliana

O tour de bicicleta em Eslovênia começa no centro histórico e segue para a periferia da cidade. Tudo começa com a lenda que tornou Liubliana The Dragon City.  Não é exagero… Em Liubliana, você verá dragões por todas as partes! Nas placas dos carros, na bandeira da cidade, em vários escudos espalhados pelas lojas e, claro, na Ponte do Dragão.

Dragão, a lenda-símbolo de Liubliana

Bem, diz a lenda que a história de Liubliana começou com Jason e os Argonautas. Essa turma com nome de banda de pop rock foi responsável por fundar a capital do país!

Jason era um herói grego que roubou o Velocino de Ouro do rei do Mar Negro. Após o furto, Jason fugiu em uma nau chamada Argo até a foz do rio Danúbio. Juntamente com os argonautas, Jason chegou ao rio Ljubljanica. Como era inverno, decidiram acampar perto da nascente do rio Ljubljanica. Ali perto, encontraram um grande lago e um pântano onde vivia um dragão. Jason heroicamente lutou contra o monstro até matá-lo. E é por isso que Jason é considerado o primeiro cidadão de Liubliana.

A famosa Ponte Tripla

Liubliana_ Jakov Brdar
Uma das obras de Jakov Brdar no centro de Liubliana

No centro de Liubliana conhecemos a história da cidade, a famosa Ponte Tripla e vimos de pertinho a perturbadora obra do artista plástico Jakov Brdar.

Jardim Botânico, Tivoli Park e bairro de Krakovo: verde por toda parte!

Depois, pedalamos pertinho do rio Ljubljanica (onde vimos nutrias nadando sem timidez alguma) e seguimos para o charmoso Ljubljana Botanic Garden. Lá, ganhamos nossa cestinha de guloseimas com doces tradicionais eslovenos. Comemos por ali mesmo, porque garoava lá fora (mas a intenção era um pique-nique no parque Tivoli).

Liubliana - Jardim Botanico
Jardim Botânico de Liubliana: charmoso e cheio de cactos!

Metelkova mesto: Liubliana respira arte de rua!

Conhecemos as hortas do bairro de Krakovo – onde os moradores ainda mantém aquele ar de roça enquanto ainda cultivam os próprios vegetais no quintal, em casas localizadas bem no centro da cidade (Green Ljubljana again, babe!).

O Parque Tivoli e sua exposição permanente nos encantou sim, mas foi Metelkova mesto, um centro de cultura alternativa, que me surpreendeu de verdade! O nosso tour terminou ali, cheio de arte, cores e graffitti. Inspiração para dar e vender!

Metelkova mesto: o centro cultural alternativo em Liubliana
Metelkova mesto: o centro cultural alternativo em Liubliana

A área repleta de grafitti recebe exposições de arte, exibições e festas onde se apresentam DJs do mundo todo. Tudo começou quando em 1993 um grupo de artistas ocupou o antigo complexo do exército austro-húngaro (construído no final do século 19) para evitar que ele fosse derrubado. Metelkova mesto então se encheu de vida e cor e vive até hoje como um centro de arte alternativo.

Liubliana_ Metelkova mesto

E o que faltou conhecer no tour?

Infelizmente o castelo de Liubliana ficou para depois – mas esse é só mais um motivo para voltar a Liubliana, né?  Localizado no topo de uma montanha, bem no centro da cidade, o castelo medieval é o edifício mais marcante do skyline de Liubliana.

Como fazer a reserva do tour de bicicleta?

O tour de bicicleta em Liubliana é sazonal. Ou seja, só é oferecido de abril a setembro, por causa da temperatura (ninguém quer andar de bicicleta no frio, né?).  A reserva pode ser feita online no site da secretaria de turismo de Liubliana.

Como chegar em Liubliana

Liubliana é facilmente acessada por avião, trem ou ônibus. Por exemplo, há ônibus direto para Bologna, na Itália, ou Munique, na Alemanha. O aeroporto de Liubliana recebe vôos de Bruxelas, Munique, Istambul, Londres, Vienna e por aí vai. Acredite, chegar em Liubliana não será um problema!

Liubliana no Outono
Assim é Liubliana no Outono: toda amarela!

Onde se hospedar

Fiquei hospedada no Hotel Park – Urban & Green, um hotel três estrelas super bem localizado, a 700 metros do centro histórico e com um café-da-manhã delicioso. Um ótimo custo-benefício – afinal, você irá perceber que os preços em Liubliana não são tão amigos assim, viu?

Onde comer em Liubliana

Para ter uma experiência gastronômica autêntica eslovena é preciso mergulhar nas tradições. Há muitas opções de restaurantes nas margens do rio Liublianica, porém geralmente são mais caros e menos tradicionais – enfim, super turísticos. Mas nem tudo está perdido! Há algumas pérolas escondidas no centro histórico.

Frutos do mar e vinho

Vino e Ribe - Liubliana - Onde comer
Vino e Ribe, em Liubliana: frutos do mar acompanhados de vinho esloveno

Ok, frutos do mar não são bem a especialidade eslovena. Mas os vinhos são! No Vino & Ribe pratos com lulas, sardinhas, camarões, polvo e diferentes de peixes são bem servidos com vinhos típicos eslovenos: Malvasia e Refosco. Quer mais? A taça é super barata: apenas € 1,80!

Comida tradicional eslovena

Um achado é o Druga violina, localizado no centro histórico, com comida autêntica eslovena, em um ambiente aconchegante e preços amigos. O destaque fica para o idrijski žlikrofi, um tipo de dumpling recheado com batata que é uma delícia. A proposta do Druga violina também é interessante: o restaurante emprega pessoas com necessidades especiais e, por isso mesmo, o atendimento é mega atencioso. Vale incluir o restaurante no roteiro, viu?

Para apaixonados por café

Para quem não vive sem café (que nem eu!), o Cafetino é um oásis! O pequeno e aconchegante café oferece uma carta gigantesca com tipos de café do mundo inteiro. Tem brasileiro? Claro que tem! Mas tem também café indiano, do Iemên, de Java, Galápagos e os clássicos peruanos, colombianos e guatemalteco.

Hamburguer vegano? Tem também!

Se você é vegano, o Organic Garden é o seu lugar! A pequena lanchonete oferece algumas boas opções de hambúrgueres veganos com pão colorido (esse tipo de lanchonete virou febre na Europa!). Experimentei o Yellow Burger e o Black Burger e ambos são delicioso.

Organic Garden - Liubliana - Onde comer
Organic Garden: o melhor hambúrguer vegano de Liubliana

Um jantar com vista

Para um jantar romântico ou simples café com uma vistá incrível, siga até o Skyscraper – Nebotičnik, restaurante, bar e café com uma das melhores vistas do skyline de Liubliana, com vista para o castelo.

[wc_box color=”secondary” text_align=”left” margin_top=”” margin_bottom=”” class=””]
Informações úteis sobre Liubliana:

Localização: Liubliana está localizada no centro da Eslovênia, país que faz fronteira com a Áustria, Croácia, Itália e Hungria.
Moeda: Euro (EUR)
Idioma: Esloveno
Melhores meses para viajar: De maio a setembro, quando os dias são longos, as temperaturas são amenas e é possível fazer passeios a pé na cidade, sem congelar por causa do frio! [/wc_box]

[wc_box color=”secondary” text_align=”left” margin_top=”” margin_bottom=”” class=””]

Dicas extras!

Está pensando em reservar um hotel em Liubliana? Eu uso o Booking para garimpar boas ofertas e ler resenhas de quem já viveu a experiência. Lá, você encontrará uma boa seleção de hotéis, hostéis, chalés, guest houses e pousadas para todos os tipos de bolso e um ranking feito por usuários com o melhor custo-benefício. De quebra, você ainda ajuda o blog a crescer sem pagar nada a mais por isso. É um win-win! 

[/wc_box]

Postais de San Marino: uma joia no coração da Itália

Vista do castelo de San Marino no outono

Imagine um país pequenininho encrustrado na Itália e bem próximo à costa do Mar Adriático. Esse país tem um castelo no alto de um penhasco e uma cidadezinha medieval charmosa com ruelas e becos de pedra. De lá do alto, dá para ver o mar no horizonte e as pequenas cidades que o rodeiam. Parece um sonho, né? Mas essa joia existe, tem nome e sobrenome: San Marino!

A menos de uma hora de Rimini, San Marino é o estado nacional mais antigo do mundo. San Marino é o nome do país, com apenas 61 km², e o nome da capital também – o foco desse post, aliás é a cidade. A cidade de San Marino também é aquele tipo de lugar tão charmoso que a gente coloca na bucket list só para poder se encantar um pouco. Mais: em apenas um dia você conhecerá o principais pontos turísticos da cidade!

Vista de San Marino

Breve história de San Marino

San Marino surgiu em 301 d.C., quando o cristão Marinus se refugiou no Monte Titano para escapar de perseguições. Os anos passaram, a comunidade que ali vivia cresceu e San Marino ganhou estatutos em 1600, considerados a mais antiga constituição do mundo. Hoje em dia, San Marino é dona de uma das rendas per capita mais altas da Europa. San Marino e o Monte Titano foram declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2008.

As casinhas de San Marino

Viela de San Marino

Onde fica San Marino?

San Marino está localizada a menos de 10km da Riviera Romagnola. Por isso, é o passeio perfeito para quem está passando o verão nas praias de Rimini ou Riccione. Também vale uma visita se você está em Bologna, conhecendo as delícias da gastronomia da região.

E que tal conhecer Rimini, cidade com as praias mais badaladas na Itália?
+ Rimini: 5 coisas que você deve fazer na sua próxima viagem

San Marino no outono

San Marino: o que fazer no pequenino país?

O passeio por San Marino consiste basicamente em explorar as ruelas da cidade medieval no alto do Monte Titano. A 700 metros de altura, dá para ver o mar lá do alto!

Ruela San Marino

Teleférico de San Marino – O teleférico de San Marino leva os turistas do Borgo Maggiore até a Città di San Marino, onde estão as torres, as lojinhas e principais restaurantes. 

Vista – Uma das coisas mais incríveis de San Marino é a vista. Há um mirante, mas a vista mais impressionante e bonita de verdade é aquela com o castelo na beira do penhasco. Por isso, não deixe de caminhar entre as torres em busca do melhor ponto para a fotografia perfeita.

As Três Torres – Guaita, Cesta e a Torre del Montale são os principais pontos turísticos da cidade de San Marino.

A Primeira Torre (Rocca Guaita) foi construída na metade do século XV e é onde  as pessoas costumavam se abrigar durante os cercos. Alguns quartos foram usados como prisão até outubro de 1970.

Castelo de San Marino no Outono
Castelo de San Marino no Outono

O trecho que leva a Primeira Torre a Segunda Torre é  o mais charmoso (como a foto aí em cima mostra)! O trecho de muralhas pertence aos restos da segunda muralha da cidade construída no século XIII. A cidade de San Marino foi fortificada por três muros da cidade construídos em três períodos diferentes e que, infelizmente, foram demolidos para permitir que a cidade se expandisse.

A Segunda Torre está localizada no segundo pico do Monte Titano, o mais alto, a 756 metros de altura. Ali também está o Castelo do Cesta, também chamado Fratta. Construída no final do século XI, a Segunda Torre era a sede da guarita e também abrigava algumas celas de prisão. Ali hoje está o Museu de Armas, com mais de 500 objetos de diferentes períodos, entre a Idade Média e o final do século XIX. Ingresso: 3 € (cada torre) ou 4,50 € (para visitar a Primeira e a Segunda Torre).

A Terceira Torre foi construída no século XIII e tem a melhor posição para os vigias que protegiam o lugar.

Basilica del Santo – Construída em 1826, a basílica com estilo neoclássico é um edifício grandioso que chama a atenção entre as ruelas apertadinhas da cidade. Ali está guardada uma urna com os restos mortais de San Marino.

San Marino: zona tax free

E, sim, compras! San Marino é uma zona tax free. Por isso, não se assuste com a quantidade de lojinhas vendendo perfumes, maquiagens, óculos e itens de couro. É uma ótima oportunidade para economizar alguns euros naquele item que você está sonhando há tempos.

San Marino: quando ir?

A melhor época para ir a San Marino é na primavera. No verão, as ruelas são lotadas de turistas. No outono, o lugar fica incrivelmente lindo com as folhas alaranjadas, mas venta demais. No inverno, diversas passagens (como o trecho que liga uma torre a outra) são fechados por causa da neve.

Vista castelo San Marino
Vista castelo San Marino

 

 

 

 

 

 

 

Como ir de Rimini ou Bologna a San Marino

Bologna – San Marino:
A maneira mais fácil para ir de Bologna a San Marino é por meio do shuttle que sai do aeroporto de Bologna. O trajeto custa 20 €  (online) ou 25 € comprando o bilhete com o motorista. Outra maneira mais trabalhosa (e demorada!) é indo de Bologna a Rimini de trem e depois pegar o ônibus que liga Rimini a San Marino.

Rimini – San Marino:
A melhor maneira de ir de Rimini a San Marino é por meio do ônibus que sai na frente da estação ferroviária de Rimini. O ponto está localizado próximo ao Burger King. O bilhete custa 5 € o trecho e é vendido no Tabaccaio em frente à estação. Para encontrar o melhor horário, acesse o site da companhia Bonellli, aqui

Atenção: verifique os horários de acordo com a estação do ano. Há diferentes horários para o verão (“corse estive”) e inverno (“corse invernale”).

Curiosidades sobre San Marino

  • San Marino é considerado o Estado nacional mais antigo do mundo. O país foi fundado em 3 de setembro de 301 por Marinus de Rab.
  • San Marino é um microestado europeu, assim como Liechtenstein, Vaticano, Mônaco, Andorra, e Malta.
  • San Marino tem a menor população de todos os membros do Conselho da Europa.
  • A Constituição de San Marino é histórica – não escrita.

Cairo: o roteiro de um dia incrível

Há viagens que te levam para uma bolha de conforto. Já outras te acordam para uma realidade nova. Cairo, na minha opinião, faz parte do segundo tipo de destino! Não importa se você vai se hospedar no hotel mais luxuoso da cidade… O Egito e seus perrengues vão te envolver de um jeito único!

camelo em cairo, no egito

Bem, tudo começou assim: Cairo foi escolhida para ser uma das paradas para a looonga viagem de ano novo até as Filipinas – ainda paramos em Atenas e Abu Dhabi! Por lá, passamos duas noites na ida e mais uma na volta. No final das contas, deu para sentir um pouco o gostinho desse universo tão diferente.

Cairo, uma cidade incrível!

Pirâmides, esfinge e o fato de a cidade ser uma região verde no meio do deserto já deveriam ser um bom motivo para qualquer um querer visitar o lugar, claro. Mas Cairo vai muito além. A cidade exala cultura e tem identidade própria. Tudo é energia! A cor bege das construções vem do deserto que abraça a cidade e o resultado é uma aura mística. Aliás, tempestades de areia por lá não são incomuns – até pegamos turbulência no avião por causa de uma! Mas, ó, melhor deixar a frescura em casa, viu…

Sabedoria de aeroporto

No desembarque, é preciso comprar o visa por 25 dólares/euros. Então, depois da imigração, a aventura começa de verdade! Dentro do aeroporto só é permitido ficar quem está em trânsito de viagem. Resultado: lá fora, logo depois da porta giratória, centenas de taxistas e motoristas de van esperam turistas para fazerem corridas com preços fechados e que custam quatro vezes mais do que corridas que cobrariam para um egípcio comum. Tem cara de gringo? Então vão tentar o tempo todo te cobrar mais caro por isso, principalmente os taxistas. Para não ser passado para trás, peça que o motorista ligue o <i>meter</i> – se ele se negar, não hesite em sair do carro e buscar alguém que cobre um preço justo. Perdi as contas de quantas vezes saímos do carro até encontrar taxistas que fizessem um preço ok! E no desespero para conseguir um táxi com preço justo à noite, até usei hijab. Na hora de indicarmos o caminho, o taxista não entendia inglês e o namorado teve que arriscar no árabe! :)

lojinha cairo egito

Passeio, transporte e lembrancinhas: tudo é negociável

Tu-do é questão de lábia. Já reparou na primeira cena de Alladin? Nela, um mercadante tenta vender mercadorias na base da amizade. No mundo árabe as relações comerciais são importantíssimas e parecem ser muito, muito pessoais. Já havia sentido algo parecido no Grand Bazaar de Istambul, na Turquia, mas no Cairo essas negociações são muito mais intensas. Você vira bro e logo depois inimigo. Eles ficam bravos, você encena que vai embora e tudo parece um grande teatro na tentativa de fazer um negócio equilibrado – e, não se engane, assim como os taxistas, os comerciantes de lembrancinhas também vão tentar vender lâmpadas, estatuetas de Nefertiti e lenços por preços muito altos. Negociar no Egito não é questão de ser mão-de-vaca, mas de não ser passado para trás.

Falando nisso…. Também é bom lembrar que o Egito vive uma ditadura militar. Desde a revolução egípcia, que aconteceu em 2011, a cidade vem sofrendo com a falta de turistas – e talvez isso colabore para que os comerciantes coloquem ainda mais os preços nas alturas. Se visitar a cidade, poderá encontrar ruas fechadas por arames farpados e homens armados. Por lá, também vimos tanques de guerra com soldados controlando a avenida que vai do aeroporto ao centro da cidade.

Khan El Khalili, um bazar a céu aberto

Para sentir a energia única do Cairo, não deixe de visitar Khan el Khalili, área comercial cheia de lojas de especiarias, artesanato, cafés e antiquários. Você vai se ver negociando luminárias minunciosamente trabalhadas à mão enquanto, ao lado, mulheres de niqab, véu preto que só deixa os olhos à mostra, discutem as diferenças nos detalhes de uma centena de lamparinas. O lugar também é rodeado por várias mesquitas, claro!

Khan el Khalili cairo egito

A magia das pirâmides

O ponto alto da nossa estada no Cairo foi o passeio de cavalo próximo às pirâmides. O deserto é exuberante e a vista do pôr-do-sol com as pirâmides em primeiro plano – e Cairo ao fundo – é de encher os olhos. O passeio na FB Stables durou uma hora e meia e custou 150 pounds egípcios (cerca de 19 dólares)  por hora.

mariana em passeio de cavalo nas pirâmides, cairo, egito

Atenção! Perto da entrada para a área das pirâmides há muitos estábulos que oferecem o passeio guiado com cavalos, mas grande parte desses lugares maltratam os animais. A situação é tão grave que por ali também há uma área com vários cavalos mortos e feno para cobri-los. Triste demais de ver. Por isso, antes de contratar a empresa mais barata, pesquise bem no TripAdvisor boas recomendações.

Continue lendo