sombra, mar e água (de coco) fresca

Bulldog inglês deitado.

Se eu pudesse, voltaria para o Rio cada vez que o sol convidasse. Gosto de como a vida acontece por lá… E gosto, principalmente, do costume de tomar açaí depois de uma tarde na praia. É o tipo de hábito que eu poderia aderir fácil, fácil! E foi o que aconteceu na última viagem pra lá… Cheguei a trocar refeições por uma garrafinha de açaí. Não recomendo – mas também não me arrependo! A minha paixão por hamburguerias já depõe sobre meus hábitos não saudáveis, e esse seria apenas mais um deles. Que feio, mocinha, que feio.

Mas esse post não é sobre açaí e hambúrgueres. É sobre “onde ficar”. Se você precisa pegar um avião (um ônibus, um carro, uma bicicleta – e vai indo, até onde sua imaginação chegar) para tomar um banho de mar, esse post é para você. Então, chega de enrolação e vamos lá.

FIM DO NARIZ DE CERA.

Nessa última viagem (em que uma prova foi um bom motivo para juntar seis amigos para tomar água de coco no calçadão), descobri(mos) um lugar realmente legal para “estar”. Era alta temporada e precisávamos arranjar onde dormir em uma cidade que (na minha opinião, lógico) a variedade de hotéis é super restrita. E todos estavam lotados. Nesse caso, duas opções: ficar em um albergue no meio da favela ooou em um albergue caro.

— WELCOME!

A escolha: o Z.Bra, um design hostel. Um lugar que não é bonitinho, nem arrumadinho – mas lindo. Na área de convivência, móveis antigos repaginados em muitas e muitas cores. E estampas. Tudo embalado por um som que vai de Nando Reis a The Killers. Um pole dance, um carrinho com livros e revistas. Quando cai a noite, um projeto de luzes que deixa o ambiente com cara de (tudo é…) lounge (!) de balada.

— Tudo é lounge

Já havia lido internet afora que o Z.Bra era um hostel difícil, e por isso estranhei quando a atendente disse que havia vagas disponíveis. Enviamos o e-mail solicitando a reserva. Ela não respondeu. E aí surge a primeira dica: persevere. A resposta só chegou após alguns telefonemas beeem insistentes.

Chegando lá, você encontrará camas dispostas em forma de cápsulas. Cada uma com seu armário para malas e um menor para pequenos pertences, como carteiras, perfumes e celulares. Cada cápsula também possui um ponto de luz individual, para quem quiser ler livros ou bulas de remédios sem incomodar os outros.

No primeiro dia, decidimos fazer o city tour “oferecido” pelo albergue. Pelo “oferecido” você paga significativos R$ 150. Sim, turista-clichê: às vezes é divertido e caro ser um. Nos jogamos com tudo em um roteiro que incluía Cristo Redentor, Arcos da Lapa, bairro de Santa Tereza, escadaria Selarón, Catedral Metropolitana de São Sebastião e Pão de Açúcar!

— Rio de Janeiro P&B


— Catedral Metropolitana de São Sebastião assim, meio cubista

No hostel também adquirimos pacote para um baile funk na favela (mais R$ 50). Na verdade, o Castelo das Pedras parecia uma festa de faculdade e, por isso, na set-list David Guetta marcava presença (acho que só isso explica). Outro David, no entanto, era responsável por fazer aquela diferença. Empunhando um microfone, David Brazil chamava os bailarinos mais sexies da pixxxta para dancinhas sensuais. Contabilizando, quem esperava por um proibidão saiu de lá frustrado.

— Mr. Coco (porque eu não tenho fotos do baile funk, oras)

Um dos motivos pelos quais a viagem valeu a pena foi provar o gostinho do carnaval carioca. Como chegamos uma semana antes da data, estavam acontecendo ensaios dos blocos na orla. No final do desfile, o pessoal se reunia no Veloso, bar praticamente ao lado do hostel. Eis aí um ponto super positivo: localização. Pertinho da Pizzaria Guanabara, do BB Lanches (o melhor cheese salada plus açaí da região) e da badaladíssima rua Dias Ferreira, o albergue ainda ficava a apenas dois quarteirões do Posto 12, no Leblon.

— Woodstock, seu lindo ♥

Para completar, um bulldog inglês que conferia aquele charme ao albergue. Com um jeitinho meio blasé e carinha de não-te-quero-por-perto, o Woodstock arrebatava o coração das hóspedes. E segurou o meu por lá também.

Ah, o preço! A diária saiu por R$ 75, bem cara para os padrões de um albergue. Mas, sinceramente, o lugar me cativou tanto que eu voltaria… E no pacote localização + conforto, o saldo acabou sendo positivo.

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